Já não te vejo, amor, inda te espero.
Tu és a cocaína do meu vício
E dessa dopamina assim te quero
Desde quando nos vimos, bem no início.
Durante o vil "lockdown," no desespero,
Juntos, eu no recluso do edifício,
Tu no teu livre-arbítrio, grau zero,
Tivemos do amor o seu ofício.
Durante a epidemia tu me amaste.
Do teu amor perdi, porque voaste
E de ti a esperança foi-se embora.
Daquela dopamina eu dependente
Sinto-me da abstenção um ser doente
Sem cura...e, cada dia a mais, piora...
Tangará da Serra, 16/08/2023
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de agosto de 2023 20:26
- Categoria: Amor
- Visualizações: 16
Comentários4
A perda do ser amado ou da mulher que nos agrada sempre deixa um vazio no peito...talvez com o tempo haja cura. Ou quem sabe outro amor que te inspire. O poeta já está escolado nesse ofício de amar...e isso te inspira esses lindos poemas!,Aplausos.
Minha querida Dorta, és arguta. Afiada nos comentários ao ponto de caussr surpresa pela tremenda subjetividade.
Um fim de semana a contento.
Beijos.
Querido poeta ,
Maximiliano:
Receba o meu
bom dia e o
carinho
do meu
abraço
solidário.
Você ficou
triste desde
que o Lupi
voou e não
voltou
mais para
casa.
É uma ausência
significativa
para ti, entendo!
Contudo, o que
importa são os
bons momentos
que viveram
juntos.
E o amor
recíproco
entre
vocês.
E como diz
nos versos
do poeta
Vinicius
de Moraes:
“ Que não seja
imortal, posto
que é chama.
Mas que seja
infinito
enquanto dure.”
Que tal adotar
um bichinho
de estimação
que precisa
de proteção,
afeto e cuidados!
Doce dia de Sábado!
Lia
Minha querida amiga Lia, o lupi nos chegou via aérea com um mês de idade, com seis meses ele se iniciou com palavras.
Pretendo ter outro lupi desde o nascimento. É difícil desligar-se de tanta convivência...
Quanto ao amor eterno, há um exemplo do cão japonês Hachiko, que morreu após quase dez anos à espera do seu amo.
Eu sou aquele que acredita só se ter um verdadeuro amor uma única vez na vida.
Gratidão pelo teu sentimento solidário.
Um excelente fim de semana.
Beijos.
SERGIO NEVES - ...meu amigo, não vou escrever muito, não...,...solidarizando-me com a tua perda faço minha as palavras da mui dileta companheira Dona Lia, e acho que ela acertou em cheio na sugestão da "adoção"...,...podes acreditar, vai te fazer um bem danado! // ...apesar das circunstâncias e um tanto quanto "amargurado", há muita poesia no teu escrito...,...e escolheste "a dedo" a música...,...tocante! (...sem nenhuma aqui infame intenção "trocadilhesca"...) /// Abçs.
Olá, meu caro amigo Sérgio, a tua presença sempre com inteligente exegese nos comentários me dão honra. De fato a música do Chet Baker foi escolhida \'a dedo.\' O João Gilberto o ouvia horas afio.
Gratidão pela solidariedade junto a querida Lia.
Excelente fim de semana.
Um abração.
Caro poeta Maximiliano Skol!
Foi um prazer ler-te.
Espero que encontre o Lupi.
Boa tarde e excelente final de semana!
Minha querida Leide, eu tenho a suspeita de que o Lupi nem chegou a ter contato com pessoas. Logo, de início, teria sido vítima por um predador. Do nosso bairro, estende-se um vasto matagal. Gratidão pela visita e por desejar-me esperança de obtê-lo. Um feliz final de domingo.
Beijos.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.