Maximiliano Skol

MEU VÍCIO

Já não te vejo, amor, inda te espero.
Tu és a cocaína do meu vício
E dessa dopamina assim te quero
Desde quando nos vimos, bem
no início.

Durante o vil \"lockdown,\" no  desespero,
Juntos, eu no recluso do edifício,
Tu no teu livre-arbítrio, grau zero,
Tivemos do amor o seu ofício.

Durante a epidemia tu me amaste.
Do teu amor perdi, porque voaste
E de ti a esperança foi-se embora.

Daquela dopamina  eu dependente
Sinto-me da abstenção um ser doente
Sem cura...e,  cada dia a mais, piora...

Tangará da Serra, 16/08/2023