DECREPTUDE

Carlos Lucena

DECREPTUDE

Ah, eu não quero que ela chegue
Mesmo que ela chegue.
Eu não quero
Seu beijo
Nem seu abraço
Não quero seu olhar
Nem a paralisia
De sua eficiência
Nem a catalepsia
De sua incoerência .
Eu não quero ver o limbo de nuvens furtivas
Nem o pálio 
das névoas fugitivas.
Eu não quero a riste 
das células paralisadas 
Nem a violenta 
Paz correndo em veias congeladas!
Não me apraz a ideia 
do outro lado
E não me agrada
A poesia que o seu rosto faz
Prefiro daqui o fardo
Que a incerteza
Que sua certeza traz.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de agosto de 2023 12:52
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 3
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Belas antíteses e um poema revelador...não a querer, não significa que ela vá te esquecer ou ... é um melhor morrer moço?! Belo poema e muito auto_ declarante.

  • Carlos Lucena

    Mas, na ve Dade ELA de quem falo, é a morte.



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