O VOO DO LUPI –#1 (1/3)

Maximiliano Skol



Onde, agora, tu 'stás, meu periquito?
Em que mundo tua mente perambula?
É o tempo de domires:  requisito
A que tua energia se acumula.

E agora tão perdido, tão proscrito,
No matagal, teu próprio ser se anula
Perante  predadores. O teu grito
Ecoa na imensidão, não articula

O nome que tu queres–de quem amas.
Tens gritos embargados pelo medo...
Tens fome, muita sede e entre ramas...

E que, no escuro, a melatonina
Te traga, com bons sonhos, o arremedo
De que em casa tu 'stás–sem esta sina.

Tangará da Serra, 26/07/2023 às 18 horas

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de agosto de 2023 12:13
  • Comentário do autor sobre o poema: O nosso Ring Neck, de novo, teve o seu voo ao desconhecido. Da primeira vez, foi resgatado, 4 dias depois, graças a um sitiante, que o recolheu junto a sua Calopsita e a dois Periquitos Australianos. Desta vez a nosso luto permanece inconsolável, pois há 11 dias que não temos notícias do seu paradeiro, apesar do uso de várias mídias sociais. Foi uma experiência única e transcendental que o Ring Neck nos proporcionou. Está marcada, profundamente, em nossas almas, aqui, em casa. Uma trágica e lutuosa memória vai ficar.
  • Categoria: Conto
  • Visualizações: 7
Comentários +

Comentários1

  • DAN GUSTAVO

    Que linda homenagem... a dor sendo transformada em arte, e assim(quiçá) o coração se console, né, Max...?! Espero - de coração - que o Lupi esteja bem onde esteja 'alçando' seu lindo e livre voo, ou mais ainda, espero que ele volte para alegria desse meu irmão em letras! Uma boa tarde e boa sorte! #VOLTE LUPI!

    • Maximiliano Skol

      Meu caro Dan Gustavo, gratidão pela empatia expressada no contexto do teu carinhoso comentário.
      Que Deus te ouça.
      Um forte fraternal abraço.



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