Onde, agora, tu \'stás, meu periquito?
Em que mundo tua mente perambula?
É o tempo de domires: requisito
A que tua energia se acumula.
E agora tão perdido, tão proscrito,
No matagal, teu próprio ser se anula
Perante predadores. O teu grito
Ecoa na imensidão, não articula
O nome que tu queres–de quem amas.
Tens gritos embargados pelo medo...
Tens fome, muita sede e entre ramas...
E que, no escuro, a melatonina
Te traga, com bons sonhos, o arremedo
De que em casa tu \'stás–sem esta sina.
Tangará da Serra, 26/07/2023 às 18 horas