MANDACARU: FLOR E RESISTÊNCIA!
Dizem que a gente escolhe
onde vai nascer
Que tipo de vida quer…
Sei disso não
Fico pensando…
Nasci no fogo do sertão
Terra quente de céus azuis
Andei com os pés no chão
Tomei banho de chuva
ouvindo os roncos do trovão
e relâmpagos clareando os céus
Meus primeiros brincos
foram espinhos de Mandacaru
umedecidos em óleo Pajeú
Marca de óleo de algodão
da minha longínqua infância
Nem tudo era belo
Nem tudo era poesia
Eu era feliz e nem sabia.
Leide Freitas
- Autor: LEIDE FREITAS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de agosto de 2023 09:56
- Categoria: Natureza
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Lia Graccho Dutra, Shmuel
Comentários2
Bom dia,
poeta Leide:
Não conhecia
a Flor de Mandacaru.
Achei belíssima!
Assim como
a sua poesia.
Linda demais,
parabéns!
Ah, a nossa infância!
O nosso mundo de criança
quanta inocência.
Tenho saudade
da minha criança.
Que usa nos cabelos
uma trança.
Tinha os olhos brilhantes.
Era falante e gostava
de brincar
livre no quintal
da casa da vó.
Tempo bom
que ficou
para trás
e não volta mais.
Do que vivemos,
só restam
memórias.
Memórias
do início
da nossa
trajetória:
infância!
Ótimo final de semana!
Carinhoso abraço,
Lia
Obrigada por tua leitura, apreciação e comentário. Sim, guardamos excelentes memórias da nossa infância.
Bom dia e excelente fim de semana.
Ah, essa poesia forte e linda! Fico imaginando a cena. A pequena Leide Freitas desfilando com brincos oriundos do Mandacaru. Abraços e parabéns pelo belo poema.
Sim, fui muitas vezes a escola com esses brincos improvisados até minha mãe comprar meus brincos "Olhinho de peixe"..
Era umas pedrinhas vermelhas, lindas.
Bom dia e excelente final de semana.
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