O Andarilho e o Bêbado
Quando os sonhos vagueiam a cidade…
Vem a madrugada fria e lamenta:
Luzes escassas
Ruas vazias
Noite selada
Até raiar dia!
Andando no sentido anti progresso…
Pensando bem eu não mereço:
Sem direção
Olho para o céu
Cai a neblina
E também o chapéu!
Vejo uma igreja, vejo o sino e o badalo!
Vejo a coruja de olhos arregalados:
Sigo em diante
Pássaro rasante
Risca o asfalto
Será um gavião?
Nada… Nem a bússola aponta o norte!
Hoje realmente não é meu dia de sorte:
Sigo em diante
Vista embaçada
Corpo sedento
Saudade de casa!
Eu só tinha bebido mais um trago…
Mas havia um amigo papo furado!
Cachaça e limão
Vodka explosão
Bicho-papão
Vejo uma praça!
Passou-se às horas como um cometa…
Uma praça! No centro um poste a luz pisca a cada 10s.
Como pisca-pisca
Luz intermitente
Vejo um banco!
Vejo e me deito…
"Ernane Bernardo
- Autor: Ernane Bernardo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 26 de junho de 2020 08:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários3
Ernane, poema com enredo muito interessante, gostei do estilo.
"Nada… Nem a bússola aponta o norte.
Hoje realmente não é meu dia de sorte", esse é o retrato poético do desalento! Muito bom!
Abraço
É verdade meu amigo poeta, é um estilo bem diferente, quando não temos histórias reais é preciso reinventar, criar algo. Grato pela leitura e seu comentário!
Um abraço!
Parabéns meu amigo, Ernane Bernado!
Gostei muito.
"Vejo uma igreja, vejo o sino e o badalo
Vejo a coruja de olhos arregalados:
Sigo em diante
Pássaro rasante
Risca o asfalto
Será um gavião!"
Bem interessante!
Fico feliz que gostou, obrigado pelo comentário. Nossa mente é um gerador de ideias, e o poeta tem que recriar. Gratidão!
Abraços!
Amei , sua poesia Ernane, muito lindo, Gratidão!
Bom dia poetisa Neiva Dirceu, gratidão por seu comentário, abraços poéticos.
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