Pecados Capitais

R. Barbosa Gameiro

As humanas leis toleram

Os pecados capitais

Que há séculos vieram

Importunar os mortais

E ainda hoje imperam,

Com efeito e estorvo tais

Que os vivos se exasperam

Frente a dédalos totais.

 

Há quem lhes chame feitios

(Mesmo personalidade),

Permitindo que os gentios

Instalem, na sociedade,

Certos vícios doentios

Com pretexto de igualdade

De direitos (erradios)

Que só geram ansiedade.

 

Sofre o próprio indivíduo

Das manias entranhadas,

Cujo prazer é resíduo

Entre as metas fracassadas;

 

Perde todo o coletivo

Pelo consequente efeito,

Que lhe tende a ser lesivo

E radica algum despeito.

 

Todos nós os cometemos…

Alguns mais e outros menos…

Mas convém estarmos cientes:

 

Não é o vício comum

Que vai dar crédito algum

Às nossas perversas mentes.

  • Autor: R. Barbosa Gameiro (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de julho de 2023 13:07
  • Comentário do autor sobre o poema: Os sete pecados são a soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça. Às vezes reparo que cometo alguns destes pecados. Nem sempre é fácil escapar-lhes ou mesmo tomar imediata consciência deles. Dada a dificuldade em evitá-los, a tendência é pedir aos outros que os tolerem... em troca de tolerar alguns dos deles. Tem sido uma má prática, porque a longo prazo não resulta bem. Também na sociedade, movimentos sociopolíticos "pecam" em tentar banalizar alguns destes pecados que eu tanto procuro evitar. (Na minha opinião, claro.)
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 9
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Parabéns pelo resgate dos pecados capitais aos quais devemos estar atentos. Tem outros tantos pecados morais ou mortais que deveriam merecer maiores atenções das autoridades( como matar e roubar) e serem severamente castigados. Infelizmente,são as chamadas " autoridades" os mais contumazes em comete' Los!

    • R. Barbosa Gameiro

      Obrigado, Maria!
      Na verdade, parece que as tentações não escolhem apenas os vilões para se manifestarem. Nem as tais "autoridades" escapam!



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