“EU ESTOU VIVO”
8º CANÇÃO SOBRE A SAGA DA MORTE DO POETA SORRIDENTE Em: 14-05-1980
‘J. J. Em Oração’
Naquela madrugada atroz
Desprovido de minha voz
Com o corpo paralisado
Vítima de incompetências
Dos doutores das ciências
Que ditavam o meu fado
Se não fora o meu toque
Um marco de minha sorte
Com o dedo maior da mão
Numa jovem assistente
Que gritou alto e contente
Eu iria pró caixão
Refrão:
Eu gritava em pensamento
Eu estou vivo… Eu estou vivo… Eu estou vivo
Salvem-me doutores agora
Não me deitem fora
Que eu não morri
(Bis)
Por compridos corredores
De novo para os doutores
Me verificarem melhor
Corriam literalmente
Com este corpo contente
Já quase salvo do pior
Nesta bizarra ocasião
Lembro-me de pensar então
Que a luz do túnel não vi
Por estranha coincidência
De regresso à precedência
Por grande túnel corri
Bis ao Refrão:
- Autor: o Poeta Sorridente (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de julho de 2023 17:10
- Comentário do autor sobre o poema: A morgue do hospital de S. José em Lisboa, situa-se num subterrâneo longe das urgências do mesmo, por isso eu comento esta reaidade de percorrer o túnel de regresso à vida!!!...
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 4
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