Bruno Schaeffer

A ressaca do amor

A ressaca do amor

 

Lá se vai um amor,

Um suspiro, não de alívio,

Mas de tristeza e solidão,

Assim, então foi um amor.

 

Estou equiparado,

Salientado pelas profundas

De profanas recordações.

Era chulo, mas harmonioso,

Era grotesco, mas palpável.

 

Quando sua mão entrelaçava meu peito,

Quando sua boca carnuda e macia salientava meus ouvidos e boca,

Quando seu reboliço me infiltrava

A infâmia do amor,

Era o momento do descarrego.

 

Meu nostálgico e discreto amor,

Por parecer curto, além do mundo,

Sinto o tédio dos insumos de sua carne,

Ah! Quando aquela sua mão horrenda passava pela minha genitália,

Uh! Que vontade de me esfregar em

Seu corpo nu.

 

Era um mar vermelho,

Era tudo o que eu sempre quis

Naquele momento,

Saudade e saudade tédio

Saudade e talvez formidável tédio,

De não lhe ter aqui

Para curar essa maldita ressaca,

Essa ressaca do amor.

  • Autor: Bruno Schaeffer (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de Junho de 2020 00:16
  • Comentário do autor sobre o poema: Pense no mais carnal das relações e amadureça os sentidos da vida.
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 29

Comentários1

  • Hébron

    Poema muito bem feito, satisfazendo a proposta da mensagem com elegante medida. Um erotismo sem ser vulgar.
    Parabéns, poeta.
    Abraço



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