O poeta é um ladrão
que rouba da vida
os versos que escreve
com a língua dos afetos
e os vocábulos do coração
De que adianta passar pela vida
e dela nada surrupiar
seja uma maçã da árvore
seja uma passageira paisagem
seja o cri cri estridente dos grilos
seja o roçar silencioso dos cotovelos
ou o cheiro da brisa salgada que vem do mar
Tenho pena dos bem-comportados
dos sóbrios e dos recatados
pois eles não sabem que a vida
foi oferecida para ser roubada
e disso são feitos os versos:
pequenos momentos usurpados
- Autor: joaquim cesario de mello ( Offline)
- Publicado: 11 de junho de 2023 10:27
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: SANTO VANDINHO
Comentários1
"rsrsrsrsr O Poeta e a Poetisa só podem serem presos pelo Universo Criador ! rsrsrsrsr Paz e Bem Poeta !
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.