Cidade nua...
Cidade crua...
Muralha de pedra, tijolo, concreto,
rua, casa, edifício...
Vida difícil!
Poluição,
população,
urbanização?!
Tudo, todos se confundem,
num mar de fuligem e ferrugem!
Enfim, chega ao fim.
Desce a noite,
a cidade dorme,
sonha, pensa no amanhã...
Pobre cidade nua...
Pobre cidade crua...
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de junho de 2020 22:10
- Comentário do autor sobre o poema: A voracidade da especulação imobiliária, descaracterizando as cidades, deixando-as nuas, expostas, mutiladas sob uma “pseudo urbanização” define o crescimento desordenado, sem o acompanhamento da infraestrutura urbana, o que estrangula as vias e entrava a vida de seus habitantes. Essas cidades só parecem descansar na madrugada. Nesse momento as obras pausam, mas, ávidas por recomeçarem na nova manhã, apressadas para construir essa muralha de edificações, chamada de cidade. Poesia reproduz a cidade desconsertada (Nua...Crua... de 1977) segundo a visão de um jovem calouro do curso de engenharia. Essa perspectiva o levaria a cursar, também, Arquitetura e Urbanismo. A foto simboliza o esmagamento da realidade, numa cidade sob “pseudo urbanização”. Autoria de PRISCILA ARROCHELLAS FOTOGRAFIA @priscilaarrochellasfotografia. Zona sul do Rio de Janeiro - Comunidade Cerro Corá.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários1
Poema que retrata ainda esse hoje...
Abraço
Oi meu amigo! Obrigado pelo comentário. Alguns temas são atemporais... Infelizmente! Um abraço.
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