Thiago R

Flores d'antanho que murcheceram...

Flores d'antanho que murcheceram,

Nos poentes áureos da soledade,

Lentas feito as mãos que vos colheram,

Nos bosques autunais da mocidade. 

 

Flores ebúrneas que noiteceram,

Em prados que vagava uma saudade,

E nas horas de alvura se ergueram 

Nos olhares de etérea claridade. 

 

Levados pelo tempo, sem carinho,

Lábios que vos beijaram inda quentes 

Gélidos repousam neste caminho...

 

Fragrâncias d'outras tardes sem lamentos,

Que viste-lhes as pétalas frementes 

Bailando em meio ao trôpego dos ventos.

 

Thiago Rodrigues 

 

  • Autor: Thiago R (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de Maio de 2023 20:15
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
  • Usuário favorito deste poema: Mariany A.N Dutra.

Comentários2

  • Sergio Neves

    SERGIO NEVES - ...soneto de ótima qualidade! / ...mas, vou confessar: ...antes de fazer esse comentário eu tive que fazer uma visitinha ao meu velho amigo "Aurélio"...,..."murcheceram" era vernáculo a mim desconhecido...,... "santa ignorância"! / ...tu tens realmente uma verve poética pra lá de muito boa...,...parabéns! /// Abçs.

    • Thiago R

      Grato pelo comentário, Sergio! Uma boa tarde.

    • Mariany A.N Dutra

      Esses Teus versos transpareceu a melancolia da saudade e das lembranças de uma linda flor que murchou...

      E, ao adentrar nessa poesia, é possível ter a empatia de sentir um coração triste e solitário, quase consumido pelas lembranças... no entanto... imaginamos que novas flores brotarão em sinal de esperança!

      Abraço ao poeta, Thiago R.!

      Obrigada por compartilhar conosco esses ricos versos que nos fazem refletir sobre momentos que deixam saudades do que por um instante foi bom!

      Com carinho e empatia fiz essa humilde reflexão, Mariany!

      • Thiago R

        Grato pelas sinceras palavras, Mariany!



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.