Felipe Santana

TAL VEZ EU ENCONTE PAZ

TAL VEZ EU ENCONTRE PAZ

Tal vez eu encontre paz no meu quintal,

Ou num parede pintada de nada.

Mas quem sabe lá no fundo,

Do mais conhecido poço.

 

Tal vez eu encontre paz no abraço,

Ou ate mesmo num beijo molhado.

Quem sabe olhando a lua,

 Em uma noite chuvosa.

 

Tal vez eu encontre paz ao veleja no mar aberto,

Em vez de abrir as pernas ao mundo.

Que tão qual carbono, nos sufocam,

Dentro ou fora de nós mesmo.

 

Tal vez eu encontre paz observando as estrelas, 

Da minha varanda destruída pela guerra.

Ou simplesmente deitado em minha rede,

De milhões de pessoas que não conheço.

 

Ou tal vez a paz me encontre,

Em uma dessas esquinas do mundo.

Com chinelas nas mãos e pés descalços,

Jogando bola num campo sem gramado.

 

 Ou em vez em quando tomando banho, 

Num desses rios poluídos pelo progresso.

Que regresso é o futuro que nos aguarda.

 Mas não tão frio e calculista quanto a humanidade.

 

  • Autor: Felipe Santana (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de Maio de 2023 20:05
  • Comentário do autor sobre o poema: Acabei de construí-lo... Quentinho do forno. È fragmento do meu ser. Divirtam se....
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4

Comentários1

  • Shmuel

    Nobre poeta vejo explícitos fraguimentos de paz em teu bonito poema.
    Veja abaixo, como cada poeta abaixo encontrou a tão procurada "paz"

    A paz
    Gilberto Gil

    A paz invadiu o meu coração
    De repente me encheu de paz
    Como se o vento de um tufão
    Arrancasse meus pés do chão


    DA PAZ
    por Marcelino Freire

    ...Eu não sou da paz.
    Não sou mesmo não. Não sou. Paz é coisa de rico. Não visto camiseta nenhuma, não, senhor. Não solto pomba nenhuma, não, senhor. Não venha me pedir para eu chorar mais. Secou. A paz é uma desgraça...

    Felipe Santana

    ...Ou tal vez a paz me encontre,
    Em uma dessas esquinas do mundo.
    Com chinelas nas mãos e pés descalços,
    Jogando bola num campo sem gramado..

    Muito axé.. abraços!



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