TAL VEZ EU ENCONTRE PAZ
Tal vez eu encontre paz no meu quintal,
Ou num parede pintada de nada.
Mas quem sabe lá no fundo,
Do mais conhecido poço.
Tal vez eu encontre paz no abraço,
Ou ate mesmo num beijo molhado.
Quem sabe olhando a lua,
Em uma noite chuvosa.
Tal vez eu encontre paz ao veleja no mar aberto,
Em vez de abrir as pernas ao mundo.
Que tão qual carbono, nos sufocam,
Dentro ou fora de nós mesmo.
Tal vez eu encontre paz observando as estrelas,
Da minha varanda destruída pela guerra.
Ou simplesmente deitado em minha rede,
De milhões de pessoas que não conheço.
Ou tal vez a paz me encontre,
Em uma dessas esquinas do mundo.
Com chinelas nas mãos e pés descalços,
Jogando bola num campo sem gramado.
Ou em vez em quando tomando banho,
Num desses rios poluídos pelo progresso.
Que regresso é o futuro que nos aguarda.
Mas não tão frio e calculista quanto a humanidade.