Binho (Luiz Herbet Cezario)

Da cidade dos sinos


Do meu quarto escuro
Do outro lado do muro
Acenderam as luzes
Da cidade parada
Ocuparam os bancos
Da praça com cartas
Agitaram com musica
O deserto que ali habitava

E agora cada palavra
É dita de forma decorada
Tem cores saltando
Tem sinos ecoando
Anunciando, até mesmo, o nada

E eu que não sou bobo
Acendi meu isqueiro 
Dei brasa ao centeio
Fui buscar dentro de mim
Aquele menino arteiro



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