Do meu quarto escuro
Do outro lado do muro
Acenderam as luzes
Da cidade parada
Ocuparam os bancos
Da praça com cartas
Agitaram com musica
O deserto que ali habitava
E agora cada palavra
É dita de forma decorada
Tem cores saltando
Tem sinos ecoando
Anunciando, até mesmo, o nada
E eu que não sou bobo
Acendi meu isqueiro
Dei brasa ao centeio
Fui buscar dentro de mim
Aquele menino arteiro