NO
Quanto a mim, sempre na tentativa resiliente de descobrir
no meu íntimo, nesse cerne inefável, a mim mesmo,
este ser designado por falhas, eu tropeço.
Tropeço sempre em uma ou outra percepção
particular e mais intimista. Vejo graus de características
que me dividem, ao mesmo passo que me compõem:
Sou resoluta e insípida;
Possuo espectros de luz e sombra;
Corre no meu corpo sensações de frio e calor;
Transcendo nas impressões das árvores
e também nas dos campos mortos.
Esses espectros são levemente afastados de mim,
coexistem, mas sem se fundirem.
De tempos em tempos um volta,
significando a partida de outro.
Por vezes, todos se ausentam,
e, durante essa ausência,
não tenho consciência nem mesmo
do paradigma que me rodeia,
do meu eu próprio e da minha existência,
como se as percepções não me afetassem,
não me visitassem, deixassem-me.
Vivo um sono tranquilo de alma, na linha tênue do 'enquanto'.
Até que todos eles voltem e encontrem-me.
- 09/03/2023 às 11:36
- Autor: Hyun (em coreano significa: iluminado) (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de maio de 2023 09:18
- Comentário do autor sobre o poema: Carta aberta para mim mesma.
- Categoria: Espiritual
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Letícia Alves
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.