Quem é ele?
Para aonde vai?
Ninguém sabe…
É uma incógnita
que desperta
muita curiosidade,
aguçando à imaginação.
Pode ser um andarilho
que parece feliz,
alimentando os pombos
numa praça de Paris.
(Lia Graccho Dutra)
Fotografia by Fernando Reis
Ele deseja ser lampejo na cidade Luz
a felicidade também o comtempla
para onde caminha este andarilho?
pela ruas marcantes que grandes escritores
registraram
quem é ele ?
ele pode estar nas estórias de Exupéry
ou nos poemas de Baudelaire
mas ele ama a França
alegremente alimenta um multidão de pombos,
próximo a Torre Eiffel
de uma praça, da bela Paris.
É solitária vida
De quem é andarilho
Pois mesmo andando em felicidade
Se encontra sozinho
De estrada em estrada
Perdeu a volta
Perdeu o riso
Como pode ter um rosto amigo?
Ou encontrar a mão dada
Talvez o fim que buscas
Seja no início da estrada
No olhar de ternura
Daquela pessoa amada
Quem vê tal andarilho,
assim tão maltrapilho,
não imagina o sofisma
que o induziu a trôpego andar.
Um espírito, outrora altivo,
hoje desgastado pela vida,
segue seus passos em conflito,
buscando um lugar para ficar.
Em suas andanças, amores
e intangíveis desamores
cortaram seu dorso, seu curso,
expondo um sentido a lhe guiar.
Nesta busca perdeu-se sozinho,
mas agora torna ao caminho,
com a certeza de encontrar,
uma nova jornada para amar.
(Helio Valim)
Talvez um dia foi poeta, foi um menestrel que se perdeu por um caminho errante pelas circunstâncias da vida e do destino. E que hoje vive como um viandante inválido, invisível e lunático pelas ruas da cidade, falando da imaginária e inexistente estrela distante que vê nos seus delírios.
Há teorias sobre a real aparência
Será dele sem fixação geográfica
De errância psicológica galáctica
Fugidio movimento incerto trilho
Duma imagem esguia sem brilho
De unidade ou pluralidade de ser
Só estudos relacionados à psyche
Podem conceituar um andarilho.
(Arlindo Nogueira)
- Autores: Lia Graccho Dutra, CORASSIS, Cristão , Helio Valim, Vilmar Donizetti Pereira, Arlindo Nogueira
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 6 de maio de 2023 15:58
- Limite: 6 estrofes
- Convidados: Amigos (usuários da sua lista de amigos podem participar)
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 95
- Usuários favoritos deste poema: CORASSIS, Ernane Bernardo, Vilmar Donizetti Pereira, Lia Graccho Dutra
Comentários4
Recebi sua mensagem de aviso, querida poetisa, mas li a mesma depois que passou o tempo de postar ! Paz e Bem !
Bom dia,
nobre poeta
Santo Vandinho!
Desculpe o transtorno.
Agradeço à sua atenção!
Bom final de semana,
um abraço carinhoso!
Lia
Nao consegui postar a tempo, na verdade nem sabia que havia limite de tempo, mas já havia criado um enredo, vou mandar para a Srta Lia, e colocarei como postagem de meus textos.
Mui agradecido pelo convite
Muito obrigada,
caro poeta Lino!
Achei que o seu poema
“ Praça” tem um contexto
que se conecta ao
“… Andarilho de Paris”.
Fique a vontade para
postar aqui,
nos comentários ,
o que você escreveu.
Gratidão!
Abraço,
Lia
“O Andarilho de Paris”
Foi visto em Paris, Dando comida aos pombais um andarilho, com roupas surradas, porém muito peculiar, fora do seu tempo: - Casaco de cores vivas, sinto de pano com colete combinando e calças de pano cru-.
Conta-se que nos meses de maio, ele sempre aparece nas ruas de Paris, é Por vezes, chamado de fantasma ou seria um viajante do tempo. Sempre com rosto, ora feliz e ora triste.
Henriette Nursery, jovem emergente, que em uma festa nas ruas de Paris, em uma das primeiras apresentações cinematográfica, criada naquela década, Olhava avido e perplexo as obras de ares, bijuterias, louças, livros, em stands montados em um galpão grande o suficiente para caber cerca de 1.200 pessoas.
Ao cair da noite, encontrou Mademoiselle Louise, que chorando em um canto foi consolada e beijada pelo cavalheiro, (Não se atendo aos cortejos e simpatias trocadas, nem ao tempo que passou para se apaixonarem). Enfim, marcaram no dia seguinte de assistirem juntos “Sortie de l’usine Lumière à Lyon”. Um dos filmes que estava em cartaz, combinaram de se encontrarem na primeira fila.
Ansiosa, Louise, chegou cedo e assistiu o final de uma sessão anterior, toda perfumada e com seu vestido azul com detalhes dourados bordados e de corte longo, sempre olhando para a entrada, suspirava e cheia de planos para aquela linda noite.
Henriette, se arrumou com a roupa muito semelhante a que o Andarilho é visto, parou para comprar flores. Quando subia a Rue Jean-Goujon, viu correria, gritos e fumaça. Se apressou e atônito viu pessoas em chamas correrem de dentro do galpão, pouco antes antes de desabar em meio a chamas. Pessoas disseram que o Éter, que era usado para alimentar o equipamento cinematográfico caiu, o ajudante no escuro, sem saber o que ocorrera, riscou um fosforo para enxergar.
O Amante, nunca mais viu Louise, que sucumbira naquele fatídico 04 de maio , Henriette, nunca mais saiu das ruas de Paris. Nunca mais voltou para casa, sorria ao lembrar dos cabelos pretos e olhos vicos de Louise e se entristecia logo depois sentindo sua falta.
Para os poetas, Henriette representa o amante que não é correspondido e jamais consegue sair do fatídico dia da separação. O andarilho e solitário amante sem reciprocidade, fica a tratar de pombos, amigos, pais e até filhos, mas não conseguem mais tratar de si mesmos.
Por Sandro S Lino
Obrigado pela inspiração
Nobre poeta
SM Lino:
Muito obrigada,
pela contribuição
e partilha,
Sandro!
O conto que
você escreveu
sobre
“ O Andarilho de Paris”
ficou SENSACIONAL !
Parabéns e
efusivos aplausos!
Feliz Dia
de Domingo!
Um abraço carinhoso,
Lia
Obrigado srta lia, foi muito bom ser induzido por todos que contribuiram para seu Poema compartilhado
Boa noite poeta Lia. Desculpa não ter participado, não sabia ter tempo limitado. Mas agradeço teu convite.
Ficou muito interessante o mesclado.
Meu abraço!
Bom dia,
poeta Edla !
Muito obrigada
pela interação e
carinho!
Feliz Dia de Domingo!
Um abraço, querida!
Lia
O Andarilho de Paris,
casualmente, fotografado
por um brasileiro,
num dia qualquer,
não é mais
uma incógnita.
Saiu do anonimato .
Ganhou vida!
Ganhou identidade!
Ganhou humanidade!
Ganhou eternidade!
Nos versos dos poetas
participantes deste mesclado.
Muito obrigada pela valiosa contribuição
nobres poetas:
Corassis,
Cristão,
Helio Valim,
Vilmar Donizetti Pereira
e Arlindo Nogueira.
Um abraço carinhoso,
Lia
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