DÊ, AME, CONFIE, OUÇA

Arlindo Nogueira

O homem é um eterno doador

Do lindo amor que lhe persiste

Pela enorme paixão que existe

No coração por vezes rejeitado

Que quase sempre sofre calado

Nas curvas da sua concavidade

Mas o doar seja a sua vontade

Dê, mas não se deixe ser usado

 

Não ame pela beleza ela acaba

Admiração as vezes decepciona

É a alma íntegra que apaixona

Ame apenas quando for amado

O dia de amar não é explicado

Os sonhos não têm realidades

Sonhe metas com prioridades

Ame, mas nunca seja abusado

 

Escute mais e fale o necessário

Confie em quem vê seu sorriso

Nunca se ama por trás de aviso

Amor se sente em silêncio pleno

Nas noites de luar sob o sereno

Obter confiança se leva tempo

Para perde-la é num momento

Confie, mas não seja ingênuo

 

Você não deve mudar o mundo

Mas quem deve mudar é você 

Pois o que temos é por merecê

A vida é um bordado de retrós

O que fizemos reflete em nós

Ame, mas nunca seja abusado

Confie, mas não seja enganado

Ouça, mas não perca a sua voz

 

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de maio de 2023 23:45
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “DÊ, AME, CONFIE, OUÇA”, refletindo as frases de Silvio Bueno: “Dê amor, mas não permita que te usem. Ame, mas não deixe abusarem do teu coração. Confie, mas não seja ingênuo. Escute, mas não perca tua voz”. Assim, em nosso poema há em cada estrofe, no último verso, respectivamente, a centralidade da ação do verbo, que representa o “título” dessa poesia. Boa leitura e reflexão sobre nossa poética a todos.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 12
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