As paisagens que moram em mim
Os pincéis da saudade repintaram
E dos meus passos todas as pegadas
Em poucos segundos refizeram.
O bom uso da palavra foi inútil,
Rasgando o peito, desfiz ninhos.
Não achei dos labirintos as saídas,
Assumi as farpas desses espinhos.
Confusa, minha poesia ficou torta,
Versos úmidos, impregnados desse sumo.
A razão, num delírio, perdeu o rumo.
Até pude entender que essa paixão
Não era morta.
E revendo os mais dementes desejos
Você me proporcionou o prazer
De sentir que ainda a paixão revivida
Clama com uma boca esfomeada
A pedir beijos, como aquele que sente
A sede de seus anseios.
- Autor: Marcos Cunha (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de junho de 2020 11:19
- Comentário do autor sobre o poema: Tem coisas que nem nossos anseios mais ardentes, explicam....
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários2
Bela poesia, Marcos!
Bom dia amigo.
#Tamujuntos
Intensa! Adorei, Marcos. Abç
Bom dia Crica.
Sempre é bom receber suas críticas.
Te agradeço
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