Os rastros dos pés nas dunas
Apagados na ação dos ventos
São sinais arquivos do tempo
Tal qual as ondas do oceano
Que sobem descem nos anos
Num pulsar de água salgada
Parecendo lágrimas roladas
Embebendo teu amor tirano
Lágrimas perpassam os cílios
Tal qual gotículas de orvalho
Que orvalha a flor lá no galho
Dentre um evolar de perfume
Onde há ensombrecido ciúme
Do brilhar duma linda estrela
Que tantos almejam em tê-la
Como um constructo de lume
O luar tece raios em sua volta
E seus passos seguem serenos
Nas escadas dum mundo pleno
Há uma trajetória reconhecida
Que chega e que sai de partida
Mala puída e sonhos na mente
O seu fito lânguido é diferente
Ele vê e sente a magia da vida
Seu olhar cativante propaga
Fitos raros pra além do mar
Seu amor sempre a navegar
Barco de emoção sem se vê
Leva sonhos no amanhecer
Da sereia e banco de corais
Quero um dia te ver no cais
Pra desvendar quem é você?
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de abril de 2023 22:25
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi a Poesia “Quem é Você? Após ler o livro de John Green, “Quem é você Alasca? Livro que tem a seguinte sinopse: “Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras. Cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Refletindo sobre essa indagação de John Green, escrevi essa Poesia perguntando “quem é você? ”, versificando características que possam levar até alguém. É claro que diante da sensibilidade e subjetividade do poeta, tem-se a realidade contextual do que se busca. Porém, o caminho para a realidade é entrar e sair do labirinto poético, sem se dar conta de que ele existia. Para isso, deve-se construir a imagem real de alguém, que mostre que você não está perdido, mas em casa. Boa leitura do Poema “Quem é Você? E saia do labirinto fingindo que ele não existe na nossa poesia.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 30
- Usuários favoritos deste poema: SANTO VANDINHO
Comentários2
Os labirintos
existem
em nós,
na poesia
e na vida.
Sair deles,
eis a questão?
Só com muita
perseverança,
fé e força de vontade…
Bela construção poética!
Parabéns,
poeta
Arlindo Nogueira!
Um abraço,
Lia
Olá Poetisa Lia! É verdade amiga, labirintos em nós se entrecruzam e para sair é necessário, como você disse: \"perseverança e fé\". Em sua poesia \"Jesus Cristo, o meu farol!\", esse facho de luz em você é que tece a saída de qualquer labirinto. E tudo se resume nesse verso do seu poema: \"Eu Sou Lia, Lia de Jesus\". Obrigado por compartilhar meu poema \"Quem é você? Do qual te cito os dois últimos versos da última estrofe: -Quero um dia te ver no cais; Pra desvendar quem é você? Forte abraço!
Reflexivo poema ! "Eu sou um moço velho, que já viveu muito, que já sofreu tudo, mas não morreu cedo... (Roberto Carlos ) esse também sou Eu rsrsrsrsr Paz e Bem poeta !
Olá Poeta Vandinho! Obrigado pela reflexão em meu poema, ela alimenta a nossa subjetividade para a criação poética. A recíproca é verdadeira, quando refletimos o seu poema: "Por onde anda o Amor...Não se canse de procurar...Pois, o Amor é você..." são versos que resumem o amar. Já dizia Jiulian Ola, "Que o amor mora no caminho por onde passamos, nos encontros inesperados, no almoço de domingo, na poesia" Abraço forte ao amigo poeta Santo Vandinho.
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