Por Horas Deixa-me Aflito

Jonhmaker



 

Por horas deixa-me aflito, perdido,

Na grandeza deste mundo,

Leva-me para ti, na enormidade de teu amor,

Deixando para trás o pó sofrido nas travessias.

Transformando-me em tua ilha,

Trocando o caminho em que passeio

Pela margem oposta de tua razão;

Como uma flor que resiste ao deserto

No caule do cacto cheio de espinhos;

 

Assim, deixa-me desolado

sobre o beiral da tua janela dia e noite.

Mata-me com o teu fogo desejado

que apaga as estrelas e esquenta o sol,

Queimando-me na presença dos teus lábios rubros,

Na visão repentina de um olhar...

 

Cega-me com o teu brilho estonteante

no descortinar da minha retina,

Quando decides no meu âmago

simplesmente, sem respostas, espairecer.

E do teu jeito, leva-me aos escombros desse prédio

erguido a sombra do teu ser,

Envolto pela tua implacável devastação,

Entre árvores caídas com as raízes expostas;

 

Mas fazes com candura,

Na perdição de um abraço que logo se vai...

Doce como o teu olhar e o beijo na face macia

que atrai o meu sonho mais singelo.

Apesar do calor que sinto,

A frieza morta do teu coração me angustia,

Minto que jamais me levantarei.

Mas, dia após dia, a memória de um lírio amarelo

deixarei em tua porta,

Para que não confundas o meu amor

com a tua pessoa amada e tudo a que me levas.

Então conserva esta lembrança severa,

Como se fosse as cordas do cais em que me amarra,

Diante do oceano que me espera.

 

 

O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham. -Meu amigo Chandra

  • Autor: johnmaker (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de abril de 2023 10:09
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.