Perseguição.

Victor Severo

Com ódio de ferro em brasa.

Marcaste meu coração.

Cortou depois minhas asas.

Sem dó e sem compaixão.

Pôs fogo em minha casa.

Com ares de presunção.

Me enterrando em cova rasa.

Negando-me extrema unção.

Com fúria que a tudo arrasa.

Qual terrível furacão.

 

E a malícia que difama.

Arrastando pelo chão.

Tolo aquele que clama.

E implora por perdão.

Consumido pela chama.

Da mais vil perseguição.

Eis o sofrer que reclama.

Mas todo rogo é em vão.

Há de perecer na lama.

Condenado sem razão.

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de abril de 2023 09:04
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários1

  • Hébron

    Intenso e grave!
    Muito bom
    Forte abraço, caro poeta



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.