Com ódio de ferro em brasa.
Marcaste meu coração.
Cortou depois minhas asas.
Sem dó e sem compaixão.
Pôs fogo em minha casa.
Com ares de presunção.
Me enterrando em cova rasa.
Negando-me extrema unção.
Com fúria que a tudo arrasa.
Qual terrível furacão.
E a malícia que difama.
Arrastando pelo chão.
Tolo aquele que clama.
E implora por perdão.
Consumido pela chama.
Da mais vil perseguição.
Eis o sofrer que reclama.
Mas todo rogo é em vão.
Há de perecer na lama.
Condenado sem razão.