Vamos gritar todos juntos.
O mais alto que pudermos.
Vamos berrar até perdemos.
O fôlego, a vergonha, a apatia.
E que esse grito seja o último.
Bramido, clamor, suspiro.
Vamos guinchar em rogos de revolta.
Para que o céu acorde de seu sono.
Covarde, egoísta, indiferente.
E escute a súplica dos deserdados.
Vamos vomitar com esse grito.
O ódio, o medo, a ignorância.
Expelir de nossas entranhas.
Em golfos tóxicos hemorrágicos.
Toda a lama imunda de nossa essência.
E por fim, acordar do pesadelo.
De uma existência que nunca teve sentido.
Convulsivos, coléricos, ébrios de loucura.
Abandonando o fardo dessa escravidão.
Se exilando no silêncio para sempre.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 30 de março de 2023 13:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
Comentários2
Bela e profunda poesia. que fala de todos nós. Ela retrata um intimo das agruras do homem que fala muito de dor. " Abandonando o fardo dessa escravidão." Parabéns.
Obrigado nobre poeta.
Amo seus poemas! Parecem letras de música. São muito ROCK! São trevosos!
Obrigado cara Drica, fico feliz, mas, trevosos...rsrsrsrsr, acho que às vezes sim, são meio soturnos, fazem parte de minha leitura da natureza humana -minha natureza também- mas há outros digamos, mais iluminados. Ah sim, adoro RockandRoll.
Eu sabia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Rock! rs
São escuros, nebulosos. AMO! Muito bom!
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