Afogando-se no medo cruel e extremo.
Quanto mais jogamos, mais e mais perdemos.
Quanto mais andamos, mais retrocedemos.
Já submergindo, nós nos debatemos.
Em vão suplicando, tão pouco queremos.
Com a maior certeza, nada mais seremos.
Que tudo é inútil, somos tão pequenos.
Nos resignamos e nos recolhemos.
E o tempo passando, vamos fenecendo.
Vamos protelando, e nos esquecendo.
Do tempo implacável que vai nos vencendo.
Uns contam a mais, eu conto a menos.
Aos poucos a certeza vai nos abatendo.
Um caldo amargo, terrível veneno.
Que vai nos minando, vai nos corroendo.
Vai nos devorando, sugando e bebendo.
Por fim se apossando do pouco que temos.
Então para onde e por que corremos?
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 22 de março de 2023 11:43
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários1
É o tempo se manifestando e agindo, gerando poesias em nós.
Abraços ao poeta!
Abraços poeta, grato pela interação.
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