Aquarius

Sopro

Madrugada gélida 

o som do canto dos anjos 

e do sino quermesse 

rondam o pensamento atordoado 

de te ver ali no banco da praça 

e no imediato do segundo 

com os olhos arregalados 

e a pupila dilatada 

lembrei-me de uma vida passada 

te tive como um encontro de almas gêmeas 

e na garganta seca

vi perpetuar ali a efemeridade do momento 

o pilar sacramentado em meu coração 

gritava o seu nome 

antes mesmo de te reconhecer 

e parado ali no meio do tempo 

percorri destinos transgredidos 

por uma única constelação celestial 

que no céu pardo ardiam aos astros 

conspirando o soprar da vida 

para que eu te reencontrasse 

e sem ao menos um toque 

te tive junto ao meu corpo 

padecido com sua partida 

transitando entre dois mundos 

achais-te no ponto crucial 

para que pudéssemos 

ser uma só alma 

em múltiplos corpos 

com o passar da eternidade 

  • Autor: Aquarius (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Março de 2020 22:01
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 17
  • Usuário favorito deste poema: mundi87.


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.