O vilão da minha epopeia é o Complexo de Édipo, encarnado na persona de Odiempux, que pronuncia-se "Oédipãh"
Eis o início do épico
Somos todos os Orfeus de um Odiempux
Aspirantes órfãos convertidos também
Dejetores de perversos afiliardes
Longe das árvores, tragamos os poréns
Expiramos fotossintético os amais
Mas o que amamos? Tudo, sempre num viário
Desejo órfão, portanto raro em Orfeus
Lambendo, da criação, tais crenças sudárias
D'ele, D'ela, "D'elu", à cada Odiempux
Sim, cavaleiro de fácil apreensão
Ao apocalipse que é rotina, adubai-vos
Na Terra incruenta, cerceada em exódios
Êxodo do desejo poiesis, criador
Só citei o pó, tua, mulher empoderada
Criança paranoica, tendões se calos
E homens, os fardados generais sedutores
Verdade que, apartidário, Odiempux
É a interna nebulosa assimiladora
Devotos, ascetas, credores, creditados
Amam, mas que serão, por ele, departidos
- Autor: Breno Pitol Trager ( Offline)
- Publicado: 4 de março de 2023 20:07
- Comentário do autor sobre o poema: Escrever uma epopeia é minha maior ambição, será difícil, porém estou animado
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 15
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