O capitão do mato de então,
performando, terceirizou-se!
Hoje gerencia grupo de desvalidos,
em trabalho análogo à escravidão.
Oprimidos pelo gerente capataz,
colhendo frutas, vivem do infrutífero
fruto de seu trabalho estéril
e sobrevivem à dura rotina sem paz.
Sem condições, dormem ao relento!
Enquanto sofrem seus desalentos,
são escravos de ganância imoral.
Conivente, a Casa-grande empresarial
admite, de forma nada original,
escravizar em favor do lucro amoral.
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de março de 2023 13:46
- Comentário do autor sobre o poema: Trabalho análogo à escravidão - Segundo o artigo 149 do Código Penal Brasileiro, são elementos que caracterizam a redução a condição análoga à de escravo: submissão a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, a sujeição a condições degradantes de trabalho e à restrição de locomoção do trabalhador. Fonte: BRASIL. Código Penal (2021). Código Penal Brasileiro – 4ª edição. Brasília, DF: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2021. Grupo: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 11
Comentários1
Você é da área e teu poema é um grito de indignação a esse tipo de " volta a' senzala"! São muitos ainda os que vivem debaixo do chicote,da humilhação de dormir em um Catre, sendo olhados como nem se olha os animais. É bastante andar pelas fazendas de Norte a Sul para ver esses escravos, enriquecendo os " senhorios". Nas casas dos ricos,as domesticas dormem em cubículos aviltantes e o que comem não é o mesmo petisco que vai a' mesa dos donos. Até quando?!
Bravos pelo teu grito de indignação. Belo poema!
Olá, Maria Dorta.
Sua análise extrapola, brilhantemente, o objetivo do soneto, ressaltando a existência de escravidão dissimulada em nossa sociedade. Devemos trazer essas chagas para luz, para que possamos combate-las.
Obrigado, um grande abraço, minha amiga
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