Escravo do “Amor”
Fico afogado com seu beijo,
estou sufocando em seus abraços,
não sinto mais algum desejo,
minha paixão acabou em pedaços.
Quando caí na armadilha do amor
e tornei-me o seu prisioneiro,
fiquei refém de um desejo devorador
e joguei fora meu "eu" verdadeiro.
O amor é uma droga que a natureza cria
para não deixar o mundo vazio,
em prol da espécie que se procria
foi concebido para substituir o cio.
O amor não passa de uma ilusão,
no fundo do cérebro é inventado,
uma química para enganar o coração
que acaba nos levando ao pecado.
Nós confundimos paixão com amor,
Trocamos o carinho por sacanagem,
Nos devoramos em luxúria até à dor,
Deliramos com a droga da libertinagem.
Nossa relação tóxica e viciante
sem um conteúdo verdadeiro,
mesmo com o sexo alucinante,
tornou o nosso amor passageiro.
O amor de um coração iludido
que foi dominado pela atração,
agora já não faz algum sentido
nem me desperta mais tesão.
Quero me libertar dessa prisão
que é viver a volúpia ao seu lado,
por isso tomei uma decisão,
e da doença do “amor” já estou vacinado.
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Autor:
Altofe (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 2 de março de 2023 09:23
- Categoria: Amor
- Visualizações: 44
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Offline)
Comentários3
Será que era verdadeiro esse " amor"? Ou como você mesmo admite,era atração,tesão, sexo viciante...ainda bem que tu tens em ti, a tua cura rsrs. Admito que o poema é belo e revelador! Aplausos!
Fico grato por sua atenciosa leitura, querida poeta. Abs.
Prezado Altofe, antes de publicar o meu soneto você recebeu de mim a primeira curtida. Venho acompanhando a sua verve poética cândida e multifacetada, mesmo sem postar comentário. Agradeço o seu comentário, quando compartilhou com a sua esposa o meu poema. Isso me fez muito feliz.
Um forte abraço.
Muito obrigado pelo apreço, é uma honra receber a atenção por parte de um mestre dos sonetos. Abs.
um poema que demonstra uma pessoa que se ressente do amor pois outra não soube ama-la , ou mentiu ao dizer faze-lo, amei os versos e a escrita está belíssima.
Fico agradecido com sua visita e por seu comentário poeta. Abs.
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