Por detrás da treliça
da sacada velada
escondia-se a donzela
reprimida, enclausurada.
Através de rasgos e ranhuras,
pelas frestas na estrutura,
construía seu universo
com sombras e reflexos.
Tal arquitetura opressora
omitia os folguedos de rua
da jovem em sua clausura,
apesar de sua flama inspiradora.
Com imagens fragmentadas
vivia, sua vida, em contida
tela com fugazes pinceladas
de uma realidade perdida.
São clausuras a serem rompidas,
facultando acesso às Informações,
libertando almas reprimidas,
rompendo treliças de corações.
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Autor:
Helio Valim (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 25 de fevereiro de 2023 12:18
- Comentário do autor sobre o poema: Muxarabi ou Muxarabiê Elemento arquitetônico incorporado às residências no período colonial brasileiro, sob influência da ocupação moura na Península Ibérica. Consistindo em treliça de madeira fixada em janelas, balcões, sacadas e varandas, usualmente, localizadas no segundo pavimento da edificação, visando impedir a visão do interior do cômodo, mas permitindo que as jovens observassem timidamente o bochicho da rua, sem que fossem observadas. Grupo: Poesia no Caos https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 4
Offline)
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