Maximiliano Skol

LAMENTO



E fico a lamentar...  choro por quem?
Pareço que lamento quando infante
Tivera a mesma angústia deste instante
Em que já noutro tempo sobrevém

Igual mistério... Dele, hoje, provém
O presságio de um vão assaz constante:
Algo desconhecido e tão distante,
Pois essa angústia antiga inda me vem.

E desterrado fui na minha infância
Qual estrangeiro, aqui, como se a vida
Tivesse sobre mim a circunstância

Desconhecida e atroz de uma vivência...
Que com má sorte a mim me fora tida
Na pior de sofrida experiência.

Tangará da Serra, 16/02/22.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Fevereiro de 2023 19:08
  • Comentário do autor sobre o poema: Soneto que tenta alertar sobre os traumas da infância e suas repercussões na vida do adulto.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14

Comentários2

  • Sergio Neves

    SERGIO NEVES - ...denso e sentido! ...e bonito! ...muito! / (...também tenho um "Lamento" postado, não com toda essa profundidade, diga-se...) / Abçs.

  • Maximiliano Skol

    Meu prezado Sérgio, visitei o seu poema LAMENTO. E admirei a fluidez e ternura com que você pressentiu a vindita amorosa.
    Grato pelo seu comentário.
    Um forte abraço.



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