Semeadura
Todo poema é um tentar seduzir
Lançar no estuário, aquilo que deságua, um feitiço
Que torne água salgada, suja, o cru crivo
Para saciar até ponto, há de convir
Poemas reúnem, verbete que seduz
A magia do doar suor, também sangue
Que justifica, por curar, aquilo que nos arde
Veias já velhas desde tempo de Alcatruz
O poema que a ninguém ousa, ora, enfeitiça
O poema que não resiste ao cruel tempo
Sequer merece algum olho desses atentos
E bem como vários helmintos que viçam
Não vos falo em tom de autoria, tom de cobiça
Mas palavra é semeadura dos ventos
- Autor: Breno Pitol Trager ( Offline)
- Publicado: 10 de fevereiro de 2023 15:07
- Comentário do autor sobre o poema: O que estamos lendo? O que escrevemos? Estamos resistindo ao tempo?
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.