Certa vez afirmei, no auge, que versos meus
São olaria, rígidos feito nobre aço
Não estou mais certo dessa crente fé em Deus
Que fez-me sorrir, que canino isto estilhaça
O ferro a adentrar meu sangue, ó Devasso
Faz quentão de vômitos, náusea, de liceus
Sim, minha poesia é um estudo Crasso
Cada afirmação a negar meu passado, meu eu
Se desde minha vil infância com enjoos
Biofontora para evitar-me a anemia
Hoje tônicos são o pó que no filtro coo
E as noites mal dormidas, a vós, alegria
A quem rasantes as asas num sobrevoo
Fisgá-lo, feitor, numa parnasiania
- Autor: Breno Pitol Trager ( Offline)
- Publicado: 8 de fevereiro de 2023 09:06
- Comentário do autor sobre o poema: O poema em que afirmei que meus versos eram rígidos se encontra em meu segundo livro, intitulado Linhas de Segmentaridade e a poesia se chama Olaria. Eis sua denegação aqui.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.