Guilherme Henrique Krakhecke

O SOM DO AMANHÃ

Momentos são para hoje como à onda do som soa

Impulsiona o estalo a correr com o relógio

O tempo dita, o estalo empurra, esforço vago, sorrir antes da graça

 

Lá não ouvem não enxerga, o som tenta, a imagem peleja

Não convém, por mais que se empenhe ir além

Procura-se sentir, alto, baixo, grave, agudo e contínua a inexistir

 

Em busca do ouvir o amanhã esquece de perceber o presente

O som ignorado agora foi perdido eternamente! 

  • Autor: Guilherme Henrique Krakhecke (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Fevereiro de 2023 13:55
  • Comentário do autor sobre o poema: É apenas uma reflexão sobre o presente, utilizando o som como analogia. O som só é possível ouvi-lo uma vez, aquele som que ignorou agora, nunca mais irá ser ouvido. Por mais veloz, lento, alto, baixo, grave, agudo, ele não ultrapassa o tempo, apenas é ouvido neste instante, junto com o relógio. Não se pode ouvir o som antes do tempo e nem depois do tempo. Só se ouve agora. Então, vamos fazer uma dinâmica para exemplificar o assunto. Fecho os olhos e preste atenção em qualquer som aonde quer que vocês esteja agora, ouviu? aquele som você nunca mais irá ouvir, ele foi único. E é essa a nossa vida, cada instante será único, então viva o presente pois, você não irá ouvir outro som ;)
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 24

Comentários2

  • Lorane

    Amei seu comentário, uma visão ímpar. O seu comentário já é um poema, devia publicar. Parabéns.

  • Hébron

    Meu caro poeta, dois textos poéticos interessantes, considerando a observação da poetisa Ingrid Lorane! Mas confesso que gostei mais do comentário!
    Abraço



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