Douglas Guilherme de Oliveira Silva

ATEMPORAL

Nunca fui de repente,

nem de versos e prosa,

fui somente sintonia,

melodia do silêncio oculto.

Busquei as portas do céu,

fui cego, louco, paroco,

sagrado, profano e imaculado.

Rasguei o véu e o fel.

Caminheiros do infinito,

que encontro nas letras de um jazz,

como se jazz tivesse letra na melodia.

Somos partes operantes do cosmo,

laborador de sonhos,

em meio a um mundo de poesias mortas,

somos únicos e unicamente.

Ser poeta onde não tem encanto

e como um canto perdido na noite

ou lágrimas retidas no sol.

Nunca fui de repente,

mas de repente me fiz, me refiz,

me transformei em raiz.

 

 



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