Ordenança do Rei

Jose Kappel

 

Recebo ordens
e me calo,
como um pássaro acuado.

Recebo ordens
e deixo a vida passar.

Eles me confundem com
pajens mal pagos
e doloridos.

Se cores vazias
escorrem pelo meu corpo
é culpa dos intempéries da ordem.

É ordem superior –
me acautelam – é do
Mestre, do Ouvidor do
Rei de poucas terras.


Mas são ordens!

Em que precipício cai?

Vindo não sei de onde,
e sempre partindo malaio
tentando alcançar algum amanhã.
sem apaches.

Mas são ordens
do ordenança que só é pago
para cobrar meus feitos
E meus mal afiliados desastres.

 

Sento no  desastre,

e santo remédio,

virei

ordenaça do

rei de muitas cidades

e de muitas maldades.

  • Autor: Jose Kappel (Offline Offline)
  • Publicado: 31 de janeiro de 2023 05:08
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7


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