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Eu acho que nunca me importei com nada realmente
Sempre tudo foi passageiro e sem roteiro
Era guiada pelas memórias de outrora e pelas verdades daquela mesma hora
O destino me era um laberinto
O futuro era só mais um bobo anseio
De uma vida sem expectativas de viver.
Mas eu só queria sentir, sentir e viver
Eu era feliz por estar viva, porém a tristeza me invadia na hora de ter que viver
Mas eu só queria sentir
Ainda que o que mais prevalecesse fosse a melancolia
Daquelas piores que um nublado e solitário dia.
Mas eu só estava sentindo.
Hoje já não sei mais o que sinto ou o que quero sentir.
Já estou mais misturada que a areia com o mar.
Estou acostumada a relevar e pensar no quão fugazes são as emoções, os sentimentos, as conversas e as trocas de olhares.
Tenho somente por verdade que sou um ser humano, em constante destruição e reforma.
Abandonando minha forma de ser a cada cair no sono.
Com o sol da manhã em minha janela anunciando minha renovação.
Mas o passado sempre bate a porta
Querendo continuar com cada estrago que me faz lembrar
É como tocar sempre na mesma ferida
Não há pausas nem tréguas nestas questões
O doce devaneio me leva a esquecer
E o amargo rancor insiste em se hospedar
Mesmo não havendo alimento que sustente tantas paranóias.
A melancolia, com tão boa hospitalidade, sempre o convida para mais um dia.
As horas se passam e todos parecem ser da família.
É o que eu diria sobre estes que todos os dias me visitam.
- Autor: Nilivek (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de janeiro de 2023 15:16
- Categoria: Triste
- Visualizações: 11
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