ELEGIA

Carlos Lucena

 

Ai saudade matadeira
Ai saudade que me dar
Saudades do pipoqueiro
Do picolé de cajá.
Ai saudade companheira
Ai saudade do luar
Do velhinho sorveteiro
Dos bolinhos de fubá.
Ai saudade doedeira
Da bandinha a tocar
Do cachorrinho ligeiro
Dos meninos a brincar.
Ai saudade cancioneira
Do bem-ti-vi a cantar
No galho da goiabeira
Da flor do maracujá.
Ai saudade do beija-flor
Que hoje não vejo mais
Saudade do sabiá cantor
E do gorjear dos pardais!
Saudade de tão distante
Que dos meus olhos escorre
Saudade no meu peito pulsante
Saudade que nunca morre.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de junho de 2020 05:54
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários2

  • Ernane Bernardo

    Belo poema poeta Carlos Lucena parabéns!

    Abraços!

  • Hébron

    Linda poesia, Carlos!
    A gente até sente aquela saudade...
    Abraço



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.