Inferno, I.
Carpem os prisioneiros sempiternos
nas vis moradas dos anjos traiçoeiros...
Em ímpeto vêm santos mensageiros
anunciando a boa nova dos infernos:
Os lobos, panteras e o leão da França
sobre o divino poeta investindo,
recuam-o para os tártaros: "Bem-vindo:
Vós que entrais, abandonai toda a esperança".
Das visões foi o poeta se enojando,
das almas que perdiam-se no inferno,
condenadas então ao constante pranto.
A palha, do trigo se separando,
remoía, nos íntimos, ao fogo eterno
os pecados contra o Espírito Santo.
Eduardo Oliveira.
- Autor: Francisco de Morte (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de janeiro de 2023 20:37
- Comentário do autor sobre o poema: Poema autoral inspirado nas obras de Dante.
- Categoria: Religioso
- Visualizações: 5
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