Carlos Lucena

MERCHAN DE DEUS

MERCHAN DE DEUS

A oração em rótulos
E Deus em merchandising 
São produtos anunciados 
na publicidade
de mercadorias divinas
nas vitrines da felicidade .
O negócio do Livro e sua ciência 
É a empresa que 
o púlpito anuncia
Da fé ao desvario 
da inclemência
Faz da parábola
A escondida concupiscência.
E do sussurro
Se vai aos farisaicos clamores 
Como que nas sinagogas mercadantes
Sem ao menos se lembrar 
Daqueles chicotes anteriores 
E agora, assim como antes
São fanáticos mercadores
Juizes, curandeiros e curadores
E com tal "abnegação"
Compram o coração
Que é o maior templo dos amores!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Janeiro de 2023 00:57
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8

Comentários2

  • Maria dorta

    Belo tema escolhestes para um poema impecável! Concordo contigo: é de espantar como esses sepulcros caiados de todas( ou quase) religião estão fazendo dela um balcão de negócios. Tudo escorado na religião e na crença e ingenuidade dos " clientes" carentes,dos protestantes,aos católicos, ( não pesquisei outras religiões ou crenças fora da TV) todas têm seu balcão de negócios: livros sagrados ou não, estátuas,santinhos, livros,Cds ( agora quase todos os cultores são cantores),água benta ou milagrosa etc...um maravilhoso e rentável comércio religioso! E os incautos aceitando sem nenhuma crítica. E os pobres nas calcadas,ou nos barracos das favelas sem um.prayo de sopa para mayar_ lhes a fome.! É estarrecedor como o mercado da fé está sendo explorado e enriquecendo meia dúzia de espertos. Lindo e oportuno poema. Aplausos!

  • Carlos Lucena

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