todos os seus traumas
incorporam em mim
como se eu fosse uma espécie
de espelho seu
meus fantasmas e angústias
tão antigos e familiares
agora se associam aos teus
então eu cresço pequena
e não encaixo bem em lugar nenhum
tenho medo das sombras da tua voz
do barulho que a noite faz lá fora
procuro não olhar o espelho
esconder as marcas da apatia
que corre nas minhas veias
os gritos e o aprisionamento
meus sentimentos mal compreendidos
nunca sei onde tudo começa
nunca sei quando terminar
o mistério segue sem solução
eu só sigo o mesmo insistente caminhar
não existe uma flecha
ou uma estrada de tijolos amarelos
que me guie na direção certa
nada soa verdade
tudo parece distante
não me vejo mais em nada
me desfaço mais de mim
a cada dia que passa
- Autor: victoriafalcao ( Offline)
- Publicado: 23 de dezembro de 2022 17:46
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.