Nessas noites iguais...
Onde a solidão dança irritante,
num entediante espetáculo com sujo palco e cortinas velhas.
Minha alma, absolvida de condenações descabidas
assiste doente a tortura encenada.
Vomita num canto todo o amargor visceral.
Por uma porta entreaberta, sem dizer nada, o amor como santo a desperta.
Traz numa bandeja encoberta,
melancolia exposta,
argumentos falidos e nenhuma resposta.
Êxtase carnal.
Santa redenção do amor!
Como num ritual, escolho, me entrego.
Asfixia, lenta, por favor...
23/08/20
- Autor: Lu de Paula (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de Dezembro de 2022 16:29
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
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