Lu de Paula

Entrega para a morte de amor

 

Nessas noites iguais... 
Onde a solidão dança irritante,
num entediante espetáculo com sujo palco e cortinas velhas.
Minha alma, absolvida de condenações descabidas
assiste doente a tortura encenada.
Vomita num canto todo o amargor visceral.
Por uma porta entreaberta, sem dizer nada, o amor como santo a desperta.
Traz numa bandeja encoberta,
melancolia exposta,
argumentos falidos e nenhuma resposta.
Êxtase carnal.
Santa redenção do amor!
Como num ritual, escolho, me entrego.
Asfixia, lenta, por favor...

23/08/20 

 

 

 

 

  • Autor: Lu de Paula (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Dezembro de 2022 16:29
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.