Pelas estradas que passaram os loucos e os alquimistas andou muitos dias e noites, e muitas noites e dias, percorrendo os campos binários dos sóis e as faces ocultas das estrelas e das luas; cantando com os bardos, os menestréis e os repentistas, as suas amargas elegias e doces alegrias, pelos batidos crepúsculos e belos arrebóis que deixavam todas as suas quimeras nuas. Enquanto, entre os bem estimulados sentidos, exercitava o seu lado empático e ascético, ouvindo os meninos, os velhos e os sábios que encontrava ao longo das sendas e das paragens; para, com os modos empíricos e raros vividos, colocar na cabeça boa do seu corpo esquelético todas as lições que não encontrou nos alfarrábios para aumentar os seus aprendizados e bagagens. Debaixo do tempo régio do suor e do sal, e do vento boreal que indicava a certa direção e arrastava o seu pensamento forte e absorto pelo horizonte das baixas veredas e das altas montanhas; para poder sentir e ver a pedra pura e filosofal reluzir dentro do âmago fundo do seu coração, para ressuscitar o que estava apagado e quase morto em sua tonta e pálida alma e sôfregas entranhas!
- Autor: Vilmar Donizetti Pereira ( Offline)
- Publicado: 22 de dezembro de 2022 15:23
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários2
Belo poema, gostei de ler, lirico e chio de sonhos! bom dia poeta Vilmar Pereira.
Querida Diva, fiquei muito gratificado com a sua leitura, interação e comentário! Boa tarde! Feliz Natal! Abraços.
Ler-te é um puro prazer de ir encontrando as palavras amarradas a sentimentos puro, numa viagem pra dentro da gente mesmo.
Encontro riachos de palavras cristalinas , ouço o som e vejo a beleza que havia perdido!!
Você é mágico, meu amigo Vilmar!!!
Meu caro amigo Antônio olivio, muito obrigado pela sua leitura e afetuoso e sapiente comentário! Sempre fico grato com a sua bela interação em meus singelos poemas! Um abraço e tenha um Feliz Natal!
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