Por escolha te disse adeus, pela segunda vez. Porém, desta vez com dose maior de consciência.
Ainda te amava, mas decidi partir. Não cabia mais em mim ser viúva de um marido vivo.
Te ofertei os melhores anos da minha fugaz juventude. De nada valeu. Você não compreendeu, tão pouco acolheu meu tenro amor.
Não te desejo mal. Tão pouco desejo-te felicidade plena.
Te desejo a dúvida, a dúvida de uma vida farta (ou não) ao meu lado.
Que a vida seja justa e te entregue a colheita que você plantou, sob íntegra medida.
Escolho não mais te amar.
Escolho não ofertar a fase madura da minha jornada.
Escolho seguir, em carreira solo, sem olhar sempre pra trás (ao menos tento).
Sigo errando melhor. Errando em busca dos meus próprios acertos.
Fiquemos cada um com tudo que nunca vivemos.
Até nunca mais. Ou quem sabe, até breve.
Sem afeto, mas ainda com carinho,
Não mais sua, Amanda
-
Autor:
Mandy Santoro (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 22 de Dezembro de 2022 00:06
- Categoria: Carta
- Visualizações: 11
Offline)
Comentários2
Triste despedida!
Seguir em frente é preciso!
Sim! Em frente, enfrente, "navegar é preciso", " se queres paz se prepare para a guerra". 🙂
1 comentário mais
Me identifico! Belo!
Obrigada, Ema!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.