Victor Severo

Falso amor.

Tão de repente, inesperadamente.

Mas merecidamente.

Eu perdi o teu amor

Puro e inocente.

Displicentemente, imprudentemente.

Acreditei no teu pudor.

 

É bem verdade que quem jura mente.

Quem bate não sente.

A dor que ao outro causou.

Dissimulando tão cinicamente.

Jogas-te fora friamente.

O que esse tolo lhe ofertou.

 

E hoje vivo murcho e desolado.

Cabisbaixo, abalado.

Vítima do seu desdém.

Tal qual cordeiro puro imolado.

Passarinho engaiolado.

Sem acreditar em ninguém.

 

Beijei a boca de tão vil serpente.

Que sorrateiramente.

Aos poucos me envenenou.

Por isso mesmo de hoje em diante.

Para sempre, doravante.

Abolirei o falso amor.

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Dezembro de 2022 10:20
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9
  • Usuário favorito deste poema: Anaaf.


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