Cárcere, aberto

eliza kauana

Guardo no meu íntimo, memorias póstumas,

Permito em meu ser, racionalização sem censura.

Tento intensificar o meu sofrimento, me tranco nessa cela, onde há só lamento.

Só eu posso me julgar, e é por isso que eu digo, pra quem não sabe pra onde vai, qualquer lugar é bem-vindo.

Solitário? Sim, eu sou.... porém nunca estou sozinho, porventura trago comigo, sonhos distintos.

Ela Faz me sofrer, levando para si os bons, faz me duvidar, da justiça e seu dom.

Passei por ela algumas vezes, No cálice que bebi, pelo abismo que percorri e na corda que vi.

Mas não tiro minha vida, pois isso é só uma ideia, e tenho uma outra mais forte, é a que vida, pode ser bela.

A fragilidade está no agir da ignorância. O pensamento insensato se faz presente na vingança.

Como avassalador pode ser o tempo, trazendo à tona o pior ou o melhor momento.

Já desejei intimamente um amor verdadeiro, encontrei razões para amar e me doei por inteiro.

Hoje encontro-me sozinho em uma fase duvidosa, já nasci e morri diversas vezes, e isso me renova.

Mais maduro estou hoje, e já consigo sair, dessa cela deplorável que minha mente insiste em construir. 

Talvez o que eu tenha dito, pra ti não faça sentido. Mas me diz qual é a lógica que faz sentido, quando é encontrada na beira do abismo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: eliza kauana (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de dezembro de 2022 22:12
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.