Guardo no meu íntimo, memorias póstumas,
Permito em meu ser, racionalização sem censura.
Tento intensificar o meu sofrimento, me tranco nessa cela, onde há só lamento.
Só eu posso me julgar, e é por isso que eu digo, pra quem não sabe pra onde vai, qualquer lugar é bem-vindo.
Solitário? Sim, eu sou.... porém nunca estou sozinho, porventura trago comigo, sonhos distintos.
Ela Faz me sofrer, levando para si os bons, faz me duvidar, da justiça e seu dom.
Passei por ela algumas vezes, No cálice que bebi, pelo abismo que percorri e na corda que vi.
Mas não tiro minha vida, pois isso é só uma ideia, e tenho uma outra mais forte, é a que vida, pode ser bela.
A fragilidade está no agir da ignorância. O pensamento insensato se faz presente na vingança.
Como avassalador pode ser o tempo, trazendo à tona o pior ou o melhor momento.
Já desejei intimamente um amor verdadeiro, encontrei razões para amar e me doei por inteiro.
Hoje encontro-me sozinho em uma fase duvidosa, já nasci e morri diversas vezes, e isso me renova.
Mais maduro estou hoje, e já consigo sair, dessa cela deplorável que minha mente insiste em construir.
Talvez o que eu tenha dito, pra ti não faça sentido. Mas me diz qual é a lógica que faz sentido, quando é encontrada na beira do abismo?