Victor Severo

Capricho.

Vou perdoar-te já que ninguém perdoa.

Te arrebatar e te tornar só minha.

E vou amar esse teu jeito à toa.

E nunca mais te deixarei sozinha.

 

Vou mastigar essa tua carne impura.

Beber teus sucos, devorar teu sumo.

Esse maná que minha alma cura.

Banquete eterno para o meu consumo.

 

Vou venerá-la santa leviana.

Dobrar os joelhos à sua realeza.

Sorver o caldo que de tua alma emana.

Embriagar-me em tua impureza.

 

Vou atirar-me em teu precipício.

Buscando o gozo que nunca tem fim.

Em teus prazeres encontrar meu suplício.

Valha-me Deus, o que será de mim...

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de Dezembro de 2022 13:13
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.